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ANIMAIS EM EXTINÇÃO


Na lista Vermelha

Imagine que só existam outras 250 pessoas além de você no mundo, e que vocês sejam responsáveis pela continuação da raça humana. Pois é exatamente essa a situação de diversas espécies animais e vegetais que habitam nosso planeta. Por isso a World Wildlife Fund (WWF), uma das maiores organizações ambientalistas do mundo, criou a "Lista Vermelha", relatório que aponta as espécies mais ameaçadas pelo mundo e quanto elas correm risco. Ela serve de alerta para a situação desesperadora de inúmeros animais.

Segundo a "Lista Vermelha", as espécies vulneráveis são aquelas que estão prestes a ser consideradas em perigo se a situação atual não se alterar. Como sua sobrevivência não está garantida, elas correm risco de extinção. Entram nessa classificação espécies com menos de 10 mil adultos, como lobos-guarás, que podem perder 10% de sua população em aproximadamente 10 anos.

Lobo-Guará

É considerado em perigo qualquer grupo animal ou vegetal que provavelmente estará extinto em poucos anos se sua situação presente não for mudada rapidamente. Em números, a chance de ele desaparecer é de 20% em aproximadamente 10 anos. Estão nessa categoria as espécies que possuem até 2.500 adultos, como o macaco-uacari.

Uma espécies é apontada como criticamente em perigo quando há um risco muito alto de extinção num futuro imediato. Isso quer dizer que a chance de ela desaparecer num prazo de 10 anos é de no mínimo 50%. Quando recebe essa classificação, significa que restam pouco maos de 50 adultos dessa espécie, ou menos, como é o caso do condor-da-califórnia.

Projetos que auxiliam a vida

É impossível dizer com precisão quantas espécies animais e vegetais correm o risco de extinção no mundo. Só no Brasil, sabe-se que são mais de 300, um número vergonhoso para um país com tanta variedade biológica. A maior esperança de auxílio às espécies ameaçadas vem do trabalho feito por organizações de defesa ambiental, formadas por profissionais ou voluntários interessados em contribuir com a preservação da vida no planeta

Criado em abril de 1995, o Projeto Mamíferos Marinhos é uma entidade sem fins lucrativos. Mas conhecido como Mama, tem como prioridade incentivar a proteção desses animais na costa do estado da Bahia. O projeto estuda o comportamento de baleias, botos e golfinhos, analisa a influência das atividades humanas sobre essas espécies e desenvolve trabalhos com pescadores e moradores locais explicando-lhes a necessidade de preservação da natureza. Assim, a entidade vem ajudando a reduzir o risco de extinção que atingia os animais da região.
Boto-Marinho

Conhecida no Brasil como Fundo Mundial para a Natureza, a WWF está presente no país desde 1971. Ela atua em diversas regiões em que a natureza corre perigo, como a Amazônia e o Pantanal Mato-Grossense. O cerrado, área do Centro-Oeste, e a Mata ATlântica, do Sudeste, são lugares em que a WWF também desenvolve projetos que buscam o equilíbrio entre a atividade humana e o ambiente. Dentre seus trabalhos, destaca-se a atuação no projeto de recuperação dos micos-leões-dourados.

O Projeto Tigre foi criado na Índia para salvar os tigres, em risco de extinção por causa da caça e da devastação das florestas onde vivem. Algumas espécies já foram extintas, como os tigres de Bali e de Java, ilhas asiáticas. Em 1930, havia cerca de 40 mil tigres no mundo. Em 1972, quando foi criado o projeto, restavam apenas 1.800. Com a caça proibida e a criação de reservas, em 1990 o número de tigres aumentou para 5 mil. Mas os chineses acreditam que eles têm poderes medicinais e voltaram a caçá-los para fazer remédios.

Devastação Cruel

Grande parte das espécies ameaçadas encontra-se nessa situação, por causa do desrespeito de muito gente pelo meio ambiente. Afinal, o desmatamento, as queimadas e a poluição, entre outras coisas, agridem os locais em que essas espécies vivem e modificam seu modo de vida, levando algumas delas à morte. O que falta a muitas pessoas é perceber que a nossa vida depende do equilíbrio ecológico.

Nas queimadas, os animais sofrem com a destruição do seu abrigo e de suas fontes de alimento e ainda a queimada libera gases tóxicos que ficam na atmosfera; a chuva ácida, na maioria das vezes é provocada pelas industrias que liberam vários gases poluentes que se concentram na atmosfera, aí quando chove esses gases se misturam com a água, voltando à Terra; outros gases que uma industria libera, como o carbônico e o metano, ajudam no efeito estufa, que poderá ocorrer, nos próximos 50 anos, gigantescas chuvas nas áreas tropicais, derretimento do gelo dos pólos, causando inundações e clima de até 4ºC no planeta.

Há também hábitos de matar animais por prazer, como enfeitar a sala, causar botas de couro, jaquetas, etc, por esporte e por hobbie de gostar de armas ou atirar. Há também a pesca e a caça para nos alimentarmos.

Isso sem falar em crimes ambientais, tráficos de animais proibidos de caça ou apreensão como os canários-da-terra, e outros vários pássaros, papagaios e o mico-leão-da-cara-dourada e tartarugas.

Segunda Chance

Muitos grupos de animais já estiveram bem próximos da extinção. Felizmente, alguns deles puderam receber uma segunda chance e vêm dando sinais animadores de recuperação. É bem verdade que a ameaça ainda ronda essas espécies. Mas para quem quase desapareceu para sempre, qualuqer melhora na situação pode e deve ser comemorada. Cabe a todos nós continuar lutando pela preservação dessas espécies.

Tigre Siberiano

O siberiano é o maior das espécies de tigres. Sua densa pelagem permite que ele enfrente o intenso frio da região em que vive. Excelente caçador, muitas vezes consegue aproximar-se de suas vítimas sem que elas percebam. Foi, porém, amplamente caçado devido à sua maravilhosa pelagem. Restam hoje apenas 200 animais vivendo em liberdade, que vêm sendo preservados em áreas epeciais.

Orangotango

O orangotango só é encontrado em Bornéu e Sumatra, ilhas localizadas na Indonésia, país asiático. Há alguns anos, os filhotes desse animal eram tirados de suas mães e vendidos para que virassem bichinhos de estimação. Mas, como eles não são animais que se acostumam a viver em casas, assim que os filhotes cresciam seus donos os prendiam em gaiolas. Esse fator e a destruição das florestas onde estavam acostumados a viver fizeram com que a população de orangotangos se reduzisse. Hoje, vivem em reservas especiais.

Leão-Marinho

Os leões-marinhos já estiveram muito próximos da extinção. Entre 1917 e 1953, mais de meio milhão desses animais foi abatido por caçadores em busca de sua gordura e de seu couro, usado sobretudo na confecção de casacos. Com a proibição da caça, esses animais, que chegam a pesar até 300 quilos e a atingir 3 metros de comprimento, começaram a se recuperar. Mesmo assim, ainda sofrem com a poluição das águas e, principalmente, com a pesca realizada com redes.

Precisando de ajuda

Equilíbrio ecológico é quando a natureza oferece moradia e alimento suficientes para todos os animais. Mas algumas ações do homem interferem nesse equilíbrio. Um exemplo é o desmatamento: ele expulsa ou mata várias espécies, que serviriam de alimento para outros bichos. Estes animais, com sua área de caça reduzida, podem ficar quase sem comida. É o caso de felinos como a onça-pintada. Já a jaguatirica e o leopardo-das-neves correm perigo porque são bastante caçados.

 

Jaguatirica                      

 

As jaguatiricas são capturadas por caçadores interessados em sua pele, considerada uma das mais belas que existem. Por isso, elas vivem sob risco de extinção. Quando não é perseguida pelo homem, a jaguatirica caça roedores, peixes, porcos selvagens e répteis para se alimentar. Habita florestas tropicais e regiões secas das Américas.

Onça-Pintada

Assim que a noite cai, e até antes do amanhecer, a onça-pintada sai em busca de alimento. Embora seu olfato não seja muito bom, o maior felino das Américas possui uma visão excelente e uma força excepcional. que lhe dão enorme vantagem sobre suas presas longe da luz do Sol. Boa nadadora e hábil pescadora, ela chega a medir 1,2 metro e alimenta-se de veados, capivaras, antas e peixes. Porém, a destruição das florestas em que vive, nas Américas, reduzu sua área de caça e a colocou na lista de espécies ameaçadas.

Leopardo-das-Neves

O leopardo-das-neve é hoje uma espécies considerada em perigo. Ele habita países da Ásia Central, entre eles Tibete, Nepal, Índia e Paquistão, e tem sido caçado porque a medicina asiática utiliza seus ossos, sua peles e alguns de seus órgãos para a produção de remédios. Sua pelagem é grossa o suficiente para protegê-lo do frio. Já suas patas possuem pêlos que facilitam seu deslocamento na neve e nas pedras, o que lhe permite viver em lugares de difícil acesso, como o Himalaia e o Monte Everest, na Ásia. Essa distância impede que se aponte com exatidão o número de seres dessa espécie, mas sabe-se que não restam muitos.

Perigo até na água

Não é apenas em terra firme que a natureza anda pedindo socorro. Dentro da água, a situação de algumas espécies animais também é muito delicada. Ameaçadas pela poluição casa vez maior dos oceanos e pela perseguição implacável do ser humano, elas seguem nadando na luta pela sobrevivência.
Alguns golfinhos.

Baleia Jubarte

Conhecida por seu temperamento dócil e por seus saltos espetaculares, a baleia jubarte consegue deslocar-se a uma velocidade de 27 quilômetros por hora. Nada mau para um animal de até 16 metros de comprimento e que pode pesar até 40 toneladas. Esse desempenho, no entanto, não salvou a baleia jubarte do perigo de extinção, provocado principalmente pela caça. Restam no mundo cerca de 15 mil deses animais.

Ariranha

A ariranha é o maior animal do grupo das lontras. Excelente nadadora, ela possui membranas entre os dedos, como os patos. Esse mamífero conta também com uma pelagem densa, que o mantém aquecido dentro da água, onde pega peixes, seu alimento preferido. Mas essa caçadora, que também vive fora da água, muitas vezes vira caça, já que sua pele tem grande valor na confecção de casacos.

Tartaruga Marinha

Existem cinco espécies de tartarugas marinhas atualmente no Brasil. E, infelizmente, todas elas estão em extinção. Embora sua pesca esteja proibida por lei federal, são comuns os casos de tartarugas-do-mar que se enroscam acidentalmente nas redes dos pescadores e morrem. E as dificuldades não param por aí: como muitos de seus ovos são comidos por predadores, calcula-se que apenas uma ou duas tartarugas em cada 1000 cheguem à idade adulta.

Céu sem proteção

Às vezes, nem mesmo a capacidade de voar é suficiente para fazer com que algumas espécies escapem da ameaça de extinção. Por isso, algumas aves estão em perigo pela destruição dos locais em que vivem. É o caso do gavião-real ou do papagaio-da-cara-roxa. Outras, como a arara-azul-grande e o condor-da-califórnia, começaram a dar os primeiros sinais de recuperação.

Ararinha-Azul

Ave mais ameaçada do mundo, encontrado somente na região de Curuçá, divisa entre a Bahia e a Paraíba. Essa ave única é um solitário macho, que se vê obrigado a acasalar uma fêmea de outra espécie. Desse cruzamento não nascem filhotes e, assim, ele a abandona. Um grande esforço tem sido feito para salvar a ararinha-azul. Nas Filipinas, país asiático, 37 desses aves são criadas em cativeiro. Já em Curuçá, cientistas têm trabalhado na recuperação do local em que elas preferem viver, o sertão. A esperança é que, com um ambiente novamente próprio para a vida, alguns animais de cativeiro possam ser trazidos e postos em liberdade, aumentando novamente a população.

Gavião-Real

Essa é a maior ave de rapina do mundo e a maior do Brasil. Solitário, o gavião-real vive em florestas ou nas margens de rios do Brasil e da América Central. Seus alimentos preferidos são moluscos, crustáceos, peixes, serpentes, lagartos e alguns pássaros. Essa ave possui uma excelente visão, embora a pouca mobilidade do olho a obrigue a virar constantemente a cabeça para enxergar ao redor. Sem inimigos naturais, o gavião-real está ameaçado pela devastação das florestas.

Arara-Azul-Grande

A arara-azul-grande é o maior representante da família das araras, dos papagaios, dos periquitos e maritacas. Dóceis e sem medo do homem, essas aves são fáceis de capturar. Como já foi muito vendida para outros países, a espécie esteve perto de desaparecer. A última contagem, no entanto, apontou cerca de 3 mil dessas aves, vivendo em sua maioria no Pantanal Mato-Grossense. Ainda é pouco, mas um bom sinal de que a arara-azul-grande começa a se recuperar. Esse número, porém, não permite descuido, pois o perigo ainda não passou totalmente.

Condor-da-Califónia

Graças ao empenho de biólogos e pesquisadores, o condor-da-califórnia está resistindo ao perigo de desaparecer para sempre. É a maior e uma das mais antigas aves da América do Norte, sendo considerada praticamente extinta nos anos de 1980, quando a espécies esteve reduzida a apenas 29 aves. O condor-da-califórnia era perseguido por fazendeiros que o consideravam uma ameaça aos seus rebanhos.Hoje, o trabalho de preservação vem dando bons, mas ainda tímidos, resultados: já existem 169 animais, sendo que 49 são livres e 119 vivem em cativeiro.

Em Risco na África

A África é o continente que abriga a maior variedade de animais de grande porte. Nessa parte do mundo, a luta pela vida também se faz presente. Caçadas por esporte nos inúmeros safáris que acontecem em alguns países, ou por interesses puramente comerciais, algumas espécies africanas também se encontram em perigo de extinção.

Rinoceronte
Elefante Africano
Gorila das Montanhas

Problema Mundial

O mundo todo vive com o problema das espécies ameaçadas. Na Ásia, na Oceania e até mesmo no Pólo Norte, grupos ambientalistas também seguem lutando para garantir o direito à vida de diversos animais, que correm risco de extinção pelos mais variados motivos.